As terapias alternativas, também chamadas de terapias complementares ou integrativas, têm atraído cada vez mais atenção no campo da saúde e do bem-estar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma das principais entidades que regulamenta e orienta a utilização dessas práticas em nível global. Mas, afinal, o que a OMS diz sobre as terapias alternativas? E como essa organização vê o uso dessas práticas para a promoção da saúde?
A visão da OMS sobre terapias alternativas
A OMS reconhece as terapias alternativas como um conjunto importante de práticas que podem contribuir para o bem-estar físico, emocional e mental das pessoas. Desde 1978, a OMS vem reforçando a importância dessas práticas em sistemas de saúde, destacando seu papel na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Em 2002, lançou a Estratégia de Medicina Tradicional, Complementar e Alternativa, revisada posteriormente em 2014, com o objetivo de guiar países na integração dessas terapias aos sistemas de saúde de forma segura e eficaz.
Terapias alternativas: definição segundo a OMS
A OMS define as terapias alternativas como práticas de saúde que não fazem parte da medicina convencional de um país e que são utilizadas para tratar e prevenir doenças. Essas práticas variam conforme a cultura e a região e incluem desde terapias tradicionais, como a acupuntura e a medicina ayurvédica, até abordagens modernas, como a aromaterapia e a terapia floral. A OMS incentiva que essas práticas sejam aplicadas com segurança e que passem por uma avaliação criteriosa para garantir seus benefícios.
Principais objetivos da OMS em relação às terapias alternativas
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Segurança e regulamentação
- A OMS busca garantir que as terapias alternativas sejam aplicadas com segurança. Para isso, promove a criação de diretrizes que regulamentem a prática dessas terapias, visando proteger a saúde dos pacientes e evitar riscos.
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Integrar práticas alternativas aos sistemas de saúde
- A organização incentiva a integração das terapias alternativas aos sistemas de saúde convencionais, destacando o valor dessas práticas na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar. Para a OMS, essa integração permite uma abordagem mais completa e humanizada.
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Pesquisas e evidências científicas
- A OMS defende a necessidade de pesquisas que comprovem a eficácia e a segurança das terapias alternativas. A entidade acredita que, com mais evidências, será possível promover o uso responsável e consciente dessas práticas.
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Acesso e equidade
- A OMS também se preocupa com o acesso das populações a terapias alternativas, defendendo que essas práticas sejam acessíveis de forma justa e segura. Isso é especialmente relevante em países onde as práticas tradicionais são um dos principais recursos de saúde.
Terapias alternativas reconhecidas pela OMS
A OMS reconhece várias práticas de terapia alternativa e complementar como seguras e eficazes quando aplicadas corretamente. Algumas das terapias mais recomendadas incluem:
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Acupuntura
- A acupuntura é uma prática milenar da medicina chinesa que utiliza agulhas em pontos específicos do corpo para equilibrar a energia vital e aliviar dores e tensões. A OMS reconhece sua eficácia em diversas condições, especialmente para o alívio da dor.
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Medicina Ayurvédica
- Prática originária da Índia, a medicina ayurvédica busca o equilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito. A OMS reconhece o potencial dessa prática na promoção do bem-estar e na prevenção de doenças crônicas.
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Homeopatia
- A homeopatia utiliza doses diluídas de substâncias naturais para estimular a cura do organismo. A OMS observa que essa terapia pode ser benéfica quando bem aplicada, embora seja importante que sua prática esteja alinhada com pesquisas científicas.
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Terapias de manipulação
- Terapias como a quiropraxia e a osteopatia são reconhecidas pela OMS por seu potencial de ajudar no alívio de dores e no alinhamento postural, promovendo uma qualidade de vida melhor.
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Terapias baseadas em ervas medicinais
- O uso de plantas medicinais e fitoterápicos é amplamente aceito pela OMS, que destaca a necessidade de regulamentação para garantir a qualidade e a segurança desses produtos.
Benefícios das terapias alternativas segundo a OMS
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Abordagem integrativa para o bem-estar
- As terapias alternativas promovem um cuidado mais holístico, integrando o corpo, a mente e o espírito. Essa abordagem pode ajudar a prevenir doenças e a promover o bem-estar geral.
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Complementação de tratamentos convencionais
- Essas terapias podem ser usadas como complemento aos tratamentos médicos convencionais, proporcionando mais conforto e auxiliando na recuperação em casos de doenças crônicas, estresse e ansiedade.
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Redução do uso de medicamentos
- Práticas como a acupuntura e a quiropraxia podem ajudar a reduzir a necessidade de analgésicos e outros medicamentos, promovendo um alívio mais natural de sintomas.
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Prevenção e promoção da saúde
- Terapias alternativas enfatizam o cuidado preventivo, promovendo hábitos de vida mais saudáveis e ajudando as pessoas a se manterem atentas ao próprio bem-estar.
O futuro das terapias alternativas segundo a OMS
A OMS continua a apoiar a expansão das terapias alternativas como parte do atendimento de saúde integral. Em muitos países, as terapias alternativas já são uma parte reconhecida dos sistemas de saúde. A OMS espera que, com mais pesquisas e regulamentações, essas práticas sejam ainda mais integradas e acessíveis, promovendo um atendimento de saúde mais completo e acessível para todos.
Terapias alternativas como caminho para o bem-estar
As terapias alternativas são valorizadas pela OMS como uma importante ferramenta de promoção da saúde e prevenção de doenças. Através de diretrizes e incentivos à regulamentação, a OMS reforça o papel dessas práticas no cuidado integral e no acesso à saúde de qualidade. Buscar a orientação de profissionais qualificados e regulamentados é essencial para que essas terapias possam ser utilizadas de maneira eficaz e segura. Dessa forma, elas podem ser um complemento poderoso para uma vida equilibrada e saudável.